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Mostrando postagens de 2022

Um livro

Tenho certeza de que muitos de vocês têm projetos guardados, que gostariam de colocar em prática. Eu coloquei alguns, como fazer uma apresentação sobre educação financeira, que coloquei no meu canal do YouTube, Kanso Tech, ou voltar a estudar assuntos que me agradam da área de TI. Um desses projetos eu dei início no passado, mas ficou inacabado, e ainda vai permanecer assim por um tempo: escrever um livro. Mas não totalmente; apesar daquele ficar adormecido, e talvez um dia o retome, tenho aqui muitas páginas escritas, com reflexões e uma caminhada de uns 15 anos. Resolvi, pois, fazer uma releitura dos mais de 200 textos do blog, e reuní-los em um livro, uma coletânea selecionada, para compartilhar, e deixar registrado. É um desejo antigo, e ainda sem data fim exata, porque, para gerar o produto final, vou mergulhar em mim mesmo, me colocando como leitor da minha obra, em um misto de revisor autoral com viagem no tempo das minhas próprias divagações. Ao fazer um backup inicial, já tive...

Livre arbítrio

Achei que já tinha falado sobre esse assunto, mas fiquei contente em não achar nada no histórico dos posts já feitos. Comecei esse blog em 2007, porém muito antes eu já refletia sobre tudo, todo dia, o tempo inteiro. Alguns escolhem o divã como terapia, mas eu escolhi a mim mesmo; caminho tortuoso e dificil, mas que tem gerado as mais belas reflexões, crescimento e autodesenvolvimento. Neste processo de amadurecimento, um dos temas que, principalmente de uns tempos para cá, tem sido recorrente nas minhas preleções comigo mesmo, é o tal do livre arbítrio. A alguns pode significar liberdade irrestrita de escolha, a outros um dom dado por um ser maior, que nos permitiu direcionar os caminhos. Para mim, após muitas análises, pensamentos, reflexões e construção do meu pensamento, vejo o tema intimamente ligado à responsabilidade. Mas não era escolha? Ouvi uma vez uma opinião interessante, de que na verdade o livre arbítrio, como é geralmente entendido, não existe. Isso explicado de forma si...

Aos pais e aos filhos

Hoje é um dia daqueles para refletirmos sobre algumas coisas e papéis importantes. Sim, tem as festas, as reuniões, os presentes, e eu recomendo que você aproveite de tudo isso um pouco, enquanto nós podemos, porque, aos que não podem mais, fica bem latente o meu comentário. Pai ou papai, são duas palavras, dois vocativos pequenos, mas que carregam em si um peso tão grande. Não, não digo peso no sentido negativo, mas no sentido de importância, significado, responsabilidade pelo hoje e pelo que há por vir. Se você hoje já é pai, eu o convido a ler esse texto se colocando nos dois lugares: o de pai e o de filho. Se, ainda como muitos, não teve a honra de ocupar essa cadeira, eu o convido a observar o seu ou os que estiverem hoje disponíveis à sua volta. Quando somos mais novos, é normal (e hoje entendo isso) que a imaturidade não nos deixe enxergar algumas coisas. Achamos, no auge da nossa ignorância juvenil, que, por algum motivo inexplicável, devemos receber tudo, sabe-se lá porque, si...

Pequenas tarefas

Minha vida sempre foi uma sequência de inícios e paradas, muitas coisas pelo caminho, tanta coisa para aprender e apreender. Parece autopropaganda negativa, e eu tenho certeza de que muita gente esconderia esse ponto, mas, afinal de contas, como esconder quem somos, de nós mesmos? A maior benção que recebo todos os dias se chama autoconhecimento. É ele que me dá a base para ser melhor a cada dia. Se pararmos para analisar com atenção o nosso caminho, veremos que muitas das nossas grandes conquistas ficaram dormindo por um tempo, enquanto nos ocupávamos com outras coisas, prioritárias daquele dia, prioridades que vão mudando com o tempo, amadurecimento, autoconhecimento, ou mesmo a falta de tudo isso. Bem, hoje comecei o dia pensando sobre isso. Achei listas passadas de prioridades, algumas das quais eu fiz até publicidade de que nunca as abandonaria, mas, advinha só? Eu as deixei de lado por um tempo. Hoje as retomei, e incrementei. E nesse começo da manhã, eu refleti sobre o que estav...

Nos dias em que nada acontece

Você já reparou como é o marketing da vida perfeita das redes sociais? Se você nunca parou para refletir, enquanto passava os dedos para o lado para o próximo view ou enquanto clicava algum curtiu, volte com mais calma e veja que parece que tudo é adrenalina, realizações homéricas todos os dias, emoção à flor da pele o tempo inteiro e sucesso, muito sucesso. Se analisarmos de forma crítica, naturalmente temos tendência a buscar um fuga da realidade quando ela não está do nosso agrado, e falando das redes sociais, mudamos das novelas (que tem tempo que não vejo, mas parecia que todos tinham uma vida bela), para os perfis virtuais de sucesso, seja qual for a comunidade que você está acompanhando. Uma boa parcela desse paraíso vendido nas redes é real, mas não é sobre isso que quero motivar sua reflexão. O que me fez começar a escrever, é o efeito que isso nos causa, sobretudo pela extensão das redes, que são os cursos de "seja top no curso de 2 dias que tenho para você". Veja b...

Nunca é tarde

Nunca é tarde para aprender, ou voltar a aprender, ou dar o primeiro passo, ou retomar uma caminhada. Pode parecer senso comum, mas não é. Às vezes a gente se permite tirar a cara de dentro da piscina para respirar um pouco e, nesses momentos, surgem vários questionamentos. Está tudo certo? Existe algo que precisa ser mudado ou melhorado? (sempre há espaço para melhora) E, talvez, uma pergunta que poucos de nós façamos da forma correta: sou feliz hoje? (tanto na forma quanto no objetivo da resposta). Talvez você se questione porque eu usei o termo "hoje"; foi proposital! O hoje é reflexo do que fizemos no passado. Isso implica entender que, se você não está como gostaria hoje, significa que deixou de fazer algo que poderia ter sido feito de hoje pra trás. Vou até iniciar outro parágrafo, para reforçar a idéia: Entenda! Significa que você não fez algo antes, mas não significa que a situação do hoje é imutável! Entende a diferença? Vou tentar de outra forma: amanhã será hoje, p...

Reforma íntima

Nesses dias uma cena tem consumido parte das mídias sociais, com posições distintas, com defensores e críticas de ambos os lados; situação normal, quando se admite um diálogo sobre um determinado tema, que pode trazer reflexão e crescimento a todos. Como a intensão desse blog é ser, sempre que possível, atemporal, não vou citar personagens, nem data específica, para que possa ficar aqui registrado, como um pensamento a ser analisado. Retomando um pouco do passado, em minha infância, ofensas à família, sobretudo a uma mãe, eram tidas como inaceitáveis, por vezes resolvidas no tapa. De lá para cá, felizmente ou infelizmente, muita coisa mudou, criando um cenário em que tudo parece permitido, inclusive o desrespeito; fala-se de igualdade, porém deixa-se de lado o respeito, em sua essência mais pura. E o porquê do título? Porque eu acho que o foco da discussão está errado. As primeiras perguntas deveriam ser: como EU reagiria se fosse ofendido (de verdade, sem demagogia)? Como EU reagiria ...

E se você não precisasse de dinheiro?

 Uma pergunta que muita gente já deve ter ouvido, e que eu acredito que a maioria de nós não tenhamos uma resposta imediata: o que você faria, se não precisasse do dinheiro como recompensa? É meio padrão que muitos respondam que iriam viajar, passear, alguns diriam que passariam o dia dormindo, e outras formas de "matar" o tempo. Me refiro aqui a algo mais profundo, que muitos de nós abandonam na infância, não relacionado ao descanso, mas ao trabalho. "O que você quer ser quando crescer?" O que você faria de trabalho, se pudesse desconectar o termo trabalho do dinheiro como recompensa? Eu lhe confesso que tenho me feito muito essa pergunta nos últimos dias, assim como devo ser sincero e lhe dizer que não tenho a minha resposta. Sim, a minha, porque essa pergunta é daquelas que não têm certo ou errado, e dizem respeito a cada um de nós. Nós somos tão condicionados a pensar em trabalho como fonte de dinheiro, que é muito pouco provável você ouvir essa palavra e pensar...

O medo

Há uns anos eu escrevi sobre esse sentimento; texto simples e curto. Eu costumo pesquisar os assuntos que já escrevi antes de novos textos, mas acredito ser pertinente retomar esse, quase que com o mesmo título (acrescentei apenas o artigo, para diferenciar). Pesquisei rapidamente algum significado da palavra medo e me foram apresentadas duas possibilidades: a primeira, ligada à psicologia, relatando um estado afetivo ocasionado pela percepção de perigo, ou que motiva essa percepção. A segunda, mais direta, apenas citando um temor ou ansiedade, seja irracional ou com fundamento. Certos ou errados à parte, e colocando a minha percepção e conhecimento, assim como parte da minha experimentação, sobretudo no tocante à minha própria ansiedade, e também à expressão "percepção", a verdade, pelo menos para mim, é que o medo funciona como uma espécie de freio. Analisemos a função do freio nos carros. Se você tem um freio que freia demais, o carro não vai andar. Se ele for ineficiente,...

Robôs

 Usando uma definição minha, e cada um que complemente como assim o desejar, um robô é uma máquina, inicialmente sem vontade própria, que executa determinadas atividades pré-estabelecidas, de forma repetitiva, mecanizada, buscando algum resultado previsível. Mais recentemente, com os avanços tecnológicos, alguns até têm um pouco de inteligência, talvez até vontade, mas o objetivo é o mesmo, ser uma peça que executa algo para o sistema em volta. Vou propor um exercício: volte ao parágrafo anterior, e leia novamente, esquecendo-se de que mencionei se tratar da minha definição de robô. Vou trazer à memória uma cena de um filme de Charles Chaplin, representativo da revolução industrial, em que ele fica apertando parafusos o dia inteiro, até um ponto que praticamente não tem controle sobre a atividade. Talvez você entenda onde estou começando a querer chegar. Como é a sua rotina? Provavelmente você acorde, tome café da manhã, se arrume, inicia seu dia de trabalho, faz hoje o que fez ont...

Por Você

 O Barão Vermelho tem uma música com esse nome, que em épocas passadas eu cheguei a decorar, mas que somente hoje pensei em associar a outro viés. Pela interpretação mais simples da letra, poderíamos alterar para "pelo outro", mas hoje olho-a com o viés de "por mim". Interessante o quanto passamos a vida fazendo pelo outro, fazendo, deixando de fazer e nos mudando em prol da felicidade alheia, assumindo a realização do outro como se fosse nossa. Que engano! Hoje entendo que, estando feliz, posso fazer muito mais felizes os que me rodeiam. Tendo, posso compartilhar o que tenho, seja material, emocional, psicológico. Mas nem sempre tive essa visão, e, por incrível que pareça, não nos ensinam isso em casa ou na escola. Somos educados para sermos engrenagem da máquina já em funcionamento, sem o esclarecimento de que podemos ser máquinas únicas, fazendo segundo a nossa vocação. O plantio é opcional, porém a colheita é obrigatória. E essa frase contém uma pegadinha, pois ...