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Mostrando postagens de abril, 2009

Curvas

Doces, delicados contornos que se estendem, que acompanham o horizonte ao próximo, contínuos caminhos que nos conduzem o pensamento. Detalhes, perfeições e imperfeições, características únicas que transformam o erro no belo, na mágica que envolve os sentimentos. Cores, nem sempre cores, filhas da luz que bate aqui e ali, ocultando e tornando mistério o que toca. Nuances percebidas facilmente, facilmente ocultas, reféns da interpretação do coração que pulsa, que pulsa, que pulsa acelerado ou calmo, à espera de um perfume que atice os pêlos. Pêlos em pé, embebidos pelo seu perfume que me vem aos pensamentos, que alimenta minha doces lembranças de nós, que decora minhas intenções futuras, nossos sonhos a dois. Sentimentos que se desencadeiam, frutos de curvas, de formas perfeitas que me brilham os olhos. Perfeitos olhos que te veem, que te percebem mesmo na escuridão, auxiliados pelo tato, pelas mãos, braço, corpo, pele que segue as curvas, as minhas e as suas, que se unem em momentos de

Aprendizado

Hoje aprendi mais uma coisa: que tenho muito a aprender. Parece besta, ou talvez simplório, mas achei que valia a pena registrar. Carrego comigo o orgulho da ignorância de achar que tenho que levar o mundo nas costas, sendo forte para proteger a todos, para evitar que os outros sofram. Por diversas vezes aconselhei os outros a estarem bem para poderem fazer o bem, mas parece que me esqueço de mim mesmo. Como é bom ter anjos à nossa volta! Um deles me disse algo que eu precisa ouvir, e que me fez refletir sobre algo que deveria ser matéria de reflexão cotidiana: como estamos lidando com o nosso passado? Como estamos exorcizando os nossos demônios internos, tão responsáveis pelo nosso crescimento às avessas? Vejo que muitas conquistas ficaram no caminho, e lembro de um texto, ou filme, sei lá, que mostrava um certo rapaz em um bar, em contato com todos os seus possíveis eus, diante das escolhas. Fiz minhas escolhas, tomei meus rumos, e vejo que hoje sou o que sou, todo completo pelas min

À espera do dia que não vem

Estranho, muito estranho, e triste. Como explicar o sentimento das expectativas desfeitas? Como demonstrar o que não tem palavras, que vem de dentro quando não nos alcança o que sonhamos por alguns instantes? Tempos atemporais que se vão, sem nunca terem vindo, vagando pela idéia e sentimento, preenchendo o vazio que eles mesmos criaram. Somos complexos, somos simples, somos tal qual queremos ser, na nossa simplicidade complexa que extrapola a nossa própria compreensão. Somos assim, de um jeito que não se entende, reclamando de tudo e de todos à nossa volta, pelas falhas de nós mesmos. Somos, porque precisamos ser, mas em tantas vezes somos qualquer coisa, apenas pela necessidade e pela imposição de nossa existência, que ainda muito pouco compreendemos. Esperamos pelo dia, todos os dias. Esperamos pelos momentos desejados, e os outros não entendem. A vontade de estar com alguém, que não nos compreende, e que talvez nunca chegue à percepção real do que somos, por mais percepção que tenh