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Mostrando postagens de janeiro, 2022

O medo

Há uns anos eu escrevi sobre esse sentimento; texto simples e curto. Eu costumo pesquisar os assuntos que já escrevi antes de novos textos, mas acredito ser pertinente retomar esse, quase que com o mesmo título (acrescentei apenas o artigo, para diferenciar). Pesquisei rapidamente algum significado da palavra medo e me foram apresentadas duas possibilidades: a primeira, ligada à psicologia, relatando um estado afetivo ocasionado pela percepção de perigo, ou que motiva essa percepção. A segunda, mais direta, apenas citando um temor ou ansiedade, seja irracional ou com fundamento. Certos ou errados à parte, e colocando a minha percepção e conhecimento, assim como parte da minha experimentação, sobretudo no tocante à minha própria ansiedade, e também à expressão "percepção", a verdade, pelo menos para mim, é que o medo funciona como uma espécie de freio. Analisemos a função do freio nos carros. Se você tem um freio que freia demais, o carro não vai andar. Se ele for ineficiente,

Robôs

 Usando uma definição minha, e cada um que complemente como assim o desejar, um robô é uma máquina, inicialmente sem vontade própria, que executa determinadas atividades pré-estabelecidas, de forma repetitiva, mecanizada, buscando algum resultado previsível. Mais recentemente, com os avanços tecnológicos, alguns até têm um pouco de inteligência, talvez até vontade, mas o objetivo é o mesmo, ser uma peça que executa algo para o sistema em volta. Vou propor um exercício: volte ao parágrafo anterior, e leia novamente, esquecendo-se de que mencionei se tratar da minha definição de robô. Vou trazer à memória uma cena de um filme de Charles Chaplin, representativo da revolução industrial, em que ele fica apertando parafusos o dia inteiro, até um ponto que praticamente não tem controle sobre a atividade. Talvez você entenda onde estou começando a querer chegar. Como é a sua rotina? Provavelmente você acorde, tome café da manhã, se arrume, inicia seu dia de trabalho, faz hoje o que fez ontem,

Por Você

 O Barão Vermelho tem uma música com esse nome, que em épocas passadas eu cheguei a decorar, mas que somente hoje pensei em associar a outro viés. Pela interpretação mais simples da letra, poderíamos alterar para "pelo outro", mas hoje olho-a com o viés de "por mim". Interessante o quanto passamos a vida fazendo pelo outro, fazendo, deixando de fazer e nos mudando em prol da felicidade alheia, assumindo a realização do outro como se fosse nossa. Que engano! Hoje entendo que, estando feliz, posso fazer muito mais felizes os que me rodeiam. Tendo, posso compartilhar o que tenho, seja material, emocional, psicológico. Mas nem sempre tive essa visão, e, por incrível que pareça, não nos ensinam isso em casa ou na escola. Somos educados para sermos engrenagem da máquina já em funcionamento, sem o esclarecimento de que podemos ser máquinas únicas, fazendo segundo a nossa vocação. O plantio é opcional, porém a colheita é obrigatória. E essa frase contém uma pegadinha, pois