O que realmente importa?

Acabei de ver meu filho tomando leite do Sucrilhos dando aquela beiçada na tigela. Como todo bom pai educado e educador, perguntei a ele se ele sabia o que acontecia com menino que fazia aquilo. Ele ficou com aquela cara de dúvida e de lá vem bronca, para ouvir minha resposta na sequência, temperada com um sorriso "fica forte".

A gente leva a vida tão a sério às vezes que se esquece dessas delícias que curtíamos na infância. Quem nunca andou descalço (ainda ando direto), ou tomou o restinho da sopa com a boca no prato, ou comeu leite em pó ouro na lata, tomou água na torneira (hoje não pode que morre). Parece que a gente cresce e fica besta!

A gente trabalha o dia todo, dá um duro danado, perde os momentos mais importantes das nossas vidas e das vidas dos nossos filhos, país, amigos, e na hora de comer um pedaço de frango com a mão, não pode porque vai parecer grosseiro.

Foda-se! E sim, foda-se se não pode falar foda-se porque o blog é meu, a casa é minha e a vida é minha! Tanta gente assumindo besteiras hoje em dia, que acho justo me permitir as pequenas felicidades da vida.

Se você, amigo leitor, que não parou no parágrafo acima, não tem lembranças de coisas pequenas como as que citei, que muita gente proíbe mas que são legais e que nos trazem pontinhos de felicidade passageira, lamento profundamente! Mas porque não experimentar?

Uma amiga me emprestou um livro uma vez que sugeria fazermos turismo no próprio bairro. Há inúmeras pessoas para se conhecer, lugares não vistos e aproveitados. A mesma coisa serve para a sua rotina, a sua casa, a sua família.

Se você costuma falar com seu filho em pé, experimente se sentar no chão na frente dele. Tente lamber a tampa do iogurte, tomar suco ou até cerveja na boca da garrafa, tomar o restinho da sopa com a boca no prato.

Da mesma forma que recomendei ao pequeno, não faça isso com pessoas em volta, porque elas são certas demais para entender; mesmo não sendo. Mas faça, como se criança ainda fosse, pois a elas tudo deveria ser permitido.

Quando é a hora de para de aprender, de experimentar? Nunca! Então o que realmente importa nessa vida? Simples! É viver a vida! Viva então, porque uma hora a tia do guichê grita esse número que você segura nas mãos, e será a hora de você partir, sem ter como remarcar a viagem!!

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