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O melhor remédio

 Eu já tive dores, e angústias, e medo, e timidez, e até tremedeira; "tremor essencial", e dizem que é genético. Eu já tive sorrisos, e alegrias, e transbordei, às vezes em lágrimas, mas de felicidade. É estranho e ao mesmo tempo familiar, o quanto nós somos controlados... não... talvez conduzidos, pelas emoções! Hoje, após algumas décadas de caminhada, consigo ver coisas que antes não enxergava, ou não compreendia, ou mesmo não aceitava, em mim, e nos outros. Perigoso ver as coisas nos outros, porque, em grande parte das vezes, é só a paisagem que nossas janelas oculares nos permitem ver. Mas não são os nossos olhos que nos enganam. Já teve a curiosidade de abrir um projetor? As lentes, o espelho, apenas mostram a imagem que alguma fonte antes deles está emitindo. E de onde viria essa nossa miopia, ou clareza, sobre o que somos, o que vemos, e o que percebemos? Será que há como trocar o filme, como fazemos na projeção, ao conectar algum outro dispositivo, que deixe de passar

O maior risco

 Tenho passado por transformações profundas nos últimos tempos. Nessas horas, é comum, ou deveria ser, nos encontrarmos com nós mesmos, e refletir sobre algumas coisas, ou sobre tudo. Esse sempre foi meu maior peso; pensar o tempo inteiro, de tal forma que tem horas que a mente até se cansa. O lado bom desse meu hábito, é que vejo coisas que muita gente não vê; lado bom que carrega um revés, o de ver além do que a ignorância traria de momento feliz. O lado ruim, é que muitas vezes o pensar demais nos paralisa, nos faz achar que há muito risco em tudo, nos faz imaginar todos os pontos positivos e negativos de tudo o que vai acontecer, mesmo o que nem chega a virar realidade. Ansiedade pura; eu sei! Pode ser algo relacionado à ansiedade sim, viver no futuro, não aproveitar o presente. Nessas horas vêm os ensinamentos de viver o agora, "mindfullness", seguindo o ritmo dos vocábulos de coach e tendências contemporâneas. O risco, se você for parar para analisar, é simplesmente alg

O tempo passa......

Quando a gente menos espera, se dá conta de que muita coisa passa; ou passou. São planos, que não saem dos planos, no círculo das coisas do dia a dia; dias que viram semanas, meses e anos. Em um dia qualquer, em uma fila qualquer, aparece alguém para lhe lembrar que o tempo se foi. É estranho se ver na situação de ter que simplesmente aceitar que passou, aceitar porque "ainda não inventaram um jeito de voltar no tempo", como escutei dias atrás. Quando a gente menos espera, e pela motivação do acaso, se vê nas contas do que o tempo levou, percebe que ficaram no caminho empregos, relacionamentos, livros, músicas, poesias, filhos, amigos, anos que trouxeram cabelos brancos e maturidade. Não acredito em acaso e, por isso mesmo, entendo que, como diriam grandes amigos, "tudo tem um razão de ser e um porquê de acontecer". O tempo não apenas passa, mas leva e trás, sobretudo sabedoria, se tivermos sabedoria para aproveitar o tempo. Tem uma frase que já ouvi muito, relacion

E o livro?

# while true; do `study a lot`; sleep 6-8h;done Você provavelmente não entendeu nada da primeira linha acima! Apenas uma brincadeira com coisa séria, que vem sendo minha rotina há mais ou menos um ano, quando decidi retomar os estudos, para mim! E enquanto for verdade, vou estudar bastante, dormir de 6 a 8 horas, talvez mais, talvez menos, e segue o ciclo. Mas e o livro? Pergunta o título! Pois é.... entre tantos projetos parados e continuados, o livro adormeceu mais uma vez, não para morrer, mas para dar um pouco de espaço para o livro da vida. Escolhas após escolhas, vamos escrevendo o nosso livro, que vai ou não ser lido pelas pessoas à nossa volta, ou contado de geração a geração, quando deixarmos o nosso legado, mesmo que ele seja apenas alguns sorrisos nas bocas de poucos conhecidos, talvez amigos. Já será muito. Eu demorei a entender o que era importante nessa vida! Fiz escolhas, me dediquei, trabalhei, brinquei, e deixei-me de lado em prol de outros, de outras, contribuindo par

Um livro

Tenho certeza de que muitos de vocês têm projetos guardados, que gostariam de colocar em prática. Eu coloquei alguns, como fazer uma apresentação sobre educação financeira, que coloquei no meu canal do YouTube, Kanso Tech, ou voltar a estudar assuntos que me agradam da área de TI. Um desses projetos eu dei início no passado, mas ficou inacabado, e ainda vai permanecer assim por um tempo: escrever um livro. Mas não totalmente; apesar daquele ficar adormecido, e talvez um dia o retome, tenho aqui muitas páginas escritas, com reflexões e uma caminhada de uns 15 anos. Resolvi, pois, fazer uma releitura dos mais de 200 textos do blog, e reuní-los em um livro, uma coletânea selecionada, para compartilhar, e deixar registrado. É um desejo antigo, e ainda sem data fim exata, porque, para gerar o produto final, vou mergulhar em mim mesmo, me colocando como leitor da minha obra, em um misto de revisor autoral com viagem no tempo das minhas próprias divagações. Ao fazer um backup inicial, já tive

Livre arbítrio

Achei que já tinha falado sobre esse assunto, mas fiquei contente em não achar nada no histórico dos posts já feitos. Comecei esse blog em 2007, porém muito antes eu já refletia sobre tudo, todo dia, o tempo inteiro. Alguns escolhem o divã como terapia, mas eu escolhi a mim mesmo; caminho tortuoso e dificil, mas que tem gerado as mais belas reflexões, crescimento e autodesenvolvimento. Neste processo de amadurecimento, um dos temas que, principalmente de uns tempos para cá, tem sido recorrente nas minhas preleções comigo mesmo, é o tal do livre arbítrio. A alguns pode significar liberdade irrestrita de escolha, a outros um dom dado por um ser maior, que nos permitiu direcionar os caminhos. Para mim, após muitas análises, pensamentos, reflexões e construção do meu pensamento, vejo o tema intimamente ligado à responsabilidade. Mas não era escolha? Ouvi uma vez uma opinião interessante, de que na verdade o livre arbítrio, como é geralmente entendido, não existe. Isso explicado de forma si

Aos pais e aos filhos

Hoje é um dia daqueles para refletirmos sobre algumas coisas e papéis importantes. Sim, tem as festas, as reuniões, os presentes, e eu recomendo que você aproveite de tudo isso um pouco, enquanto nós podemos, porque, aos que não podem mais, fica bem latente o meu comentário. Pai ou papai, são duas palavras, dois vocativos pequenos, mas que carregam em si um peso tão grande. Não, não digo peso no sentido negativo, mas no sentido de importância, significado, responsabilidade pelo hoje e pelo que há por vir. Se você hoje já é pai, eu o convido a ler esse texto se colocando nos dois lugares: o de pai e o de filho. Se, ainda como muitos, não teve a honra de ocupar essa cadeira, eu o convido a observar o seu ou os que estiverem hoje disponíveis à sua volta. Quando somos mais novos, é normal (e hoje entendo isso) que a imaturidade não nos deixe enxergar algumas coisas. Achamos, no auge da nossa ignorância juvenil, que, por algum motivo inexplicável, devemos receber tudo, sabe-se lá porque, si