O melhor remédio
Eu já tive dores, e angústias, e medo, e timidez, e até tremedeira; "tremor essencial", e dizem que é genético. Eu já tive sorrisos, e alegrias, e transbordei, às vezes em lágrimas, mas de felicidade. É estranho e ao mesmo tempo familiar, o quanto nós somos controlados... não... talvez conduzidos, pelas emoções! Hoje, após algumas décadas de caminhada, consigo ver coisas que antes não enxergava, ou não compreendia, ou mesmo não aceitava, em mim, e nos outros. Perigoso ver as coisas nos outros, porque, em grande parte das vezes, é só a paisagem que nossas janelas oculares nos permitem ver. Mas não são os nossos olhos que nos enganam. Já teve a curiosidade de abrir um projetor? As lentes, o espelho, apenas mostram a imagem que alguma fonte antes deles está emitindo. E de onde viria essa nossa miopia, ou clareza, sobre o que somos, o que vemos, e o que percebemos? Será que há como trocar o filme, como fazemos na projeção, ao conectar algum outro dispositivo, que deixe de passar