Sensações

Eu toco a sua pele; sinto a textura, a maciez, a temperatura. Meus lábios se encontram com os seus, e eles parecem se conhecer por uma eternidade. Medo, desconhecido, receios pelo passado que já passou, mas volta; sempre volta. Mas os passos são dados, os abraços se encaixam, protetores, como um ninho.

Palavras, pedidos, negativas, um sim, enfim. E os horários não se encontram, mas se encontram, porque quando se quer, se quer, e dá-se um jeito. E o inesperado: formas distintas, produzidas, diferentes, que chamam a atenção.

Conversas próximas, novos receios, negativas, um talvez, e talvez um sim que se desenha. Uma flor, ou várias, perfumes, goles, um convite, uma negativa, um talvez. Quem sabe!

Um desenho, uma obra de arte. Como pode? Será verdade? Duas obras, dois desenhos, duas melodias que se encontram e bailam ao som do improvável, do inesperado esperado, do desejado antes da hora. Mas qual é a hora?

Duas melodias se entrelaçando, espelhando a beleza, a admiração que não pode ser vista, mas pode, e pode ser lembrada, como quem se lembra de um sonho bom. Água, chuva, frescor, limpeza, um toque de até logo.

E assim são as sensações, que vêm, que vão, que se misturam sem definição, mas como se deixassem um rastro de arrepios por onde passam, esperando aquele que estiver disposto a se abrir, a deixar que os amargos virem doce, mas nunca virarão, mas podem ser transformados, no âmago, lá onde só as sensações alcançam, onde as palavras não se expressam, porque a expressão fala por si. 

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