Evoluções
Ontem eu lia um artigo sobre os novos padrões de rede sem fio, e fiquei pensando sobre como as coisas evoluem mais rápido do que imaginamos. Há uns 13 ou 14 anos, quando comecei a ter contato com computadores ligados em rede, tudo era bem mais lento, por assim dizer. Disquetes, modems, e muita, muita paciência.
Acho válido, notadamente pelo momento em que estamos, juntar isso ao resto. Em um sistema capitalista, dominado pelo capital eletrônico e transações imediatas, fica complicado imaginar as coisas "desplugadas", assim como as pessoas. Já não se imagina mais um profissional, ou mesmo um ser humano, sem um celular, um acesso à Internet ou algo que o conecte ao resto do mundo.
Twitter, Linkedin, Orkut, Facebook, e uma série de outras mídias de relacionamento já não são apenas uma opção. Dependendo da sua atividade, ficar fora de uma delas implica em ficar fora do mercado. E pensar que no começo as BBSs eram o topo da comunicação!
Nesse cenário, parece-me ainda que algo não acompanha a tecnologia: a evolução do pensamento humano. Será que ninguém se questiona sobre a necessidade de atualização humana para utilizar as novas tecnologias e também para gerar outras tantas? Será que ninguém se pergunta se isso ou aquilo serve mesmo para alguma coisa, e se a geral vai se beneficiar?
Veja o Brasil. Todos os dias vejo notícias otimistas sobre o mercado de telefonia, sobretudo no que tange à telefonia celular, Internet e acessórios, como se tivéssemos algo a comemorar. Sejamos sensatos ao responder a essa pergunta: será que realmente nós evoluímos? Como material de reflexão, ofereço-lhes apenas alguns pontos: nosso sistema de comunicações é precário e não dá conta de todo mundo ao mesmo tempo; praticamente não temos órgãos reguladores, porque os existentes não dão conta do recado; nossas operadoras são caras, oferecem a mesma coisa e ainda nos fazem crer que nos fazem um favor ao nos oferecer os produtos pelos quais pagamos um absurdo.
Não, realmente não acho que evoluímos. Como velhos e bons brasileiros, continuamos a consumir sucata tecnológica em todos os setores da economia, e ainda analisamos soluções para controle de mercado, como importação de etanol, que deixam claro que estamos ainda importando o que deveríamos exportar.
A solução é simples, e já foi muito discutida: educação. É preciso que tenhamos em mente que o mercado hoje exige conhecimento aplicado, e não mais conhecimento guardado em livros. Planejamento, organização, gerenciamento projetizado e tantas outras coisas são imperativos que dependem de material humano.
A discussão vai longe, e por isso, mais uma vez, deixo-os a refletir. Como podemos aliar a evolução tecnológica, real e diária, à evolução do pensamento humano? Como aliar os bits e bytes à moral da raça que deveria dominar a tecnologia, mas acaba, dia após dia, escrava e refém daquilo que criou? São muitas as opiniões, muitos os argumentos, mas convido-o a ter o seu, próprio. Isso já seria um primeiro passo para contribuir conosco na melhoria humana da nossa caminhada evolucionista.
Acho válido, notadamente pelo momento em que estamos, juntar isso ao resto. Em um sistema capitalista, dominado pelo capital eletrônico e transações imediatas, fica complicado imaginar as coisas "desplugadas", assim como as pessoas. Já não se imagina mais um profissional, ou mesmo um ser humano, sem um celular, um acesso à Internet ou algo que o conecte ao resto do mundo.
Twitter, Linkedin, Orkut, Facebook, e uma série de outras mídias de relacionamento já não são apenas uma opção. Dependendo da sua atividade, ficar fora de uma delas implica em ficar fora do mercado. E pensar que no começo as BBSs eram o topo da comunicação!
Nesse cenário, parece-me ainda que algo não acompanha a tecnologia: a evolução do pensamento humano. Será que ninguém se questiona sobre a necessidade de atualização humana para utilizar as novas tecnologias e também para gerar outras tantas? Será que ninguém se pergunta se isso ou aquilo serve mesmo para alguma coisa, e se a geral vai se beneficiar?
Veja o Brasil. Todos os dias vejo notícias otimistas sobre o mercado de telefonia, sobretudo no que tange à telefonia celular, Internet e acessórios, como se tivéssemos algo a comemorar. Sejamos sensatos ao responder a essa pergunta: será que realmente nós evoluímos? Como material de reflexão, ofereço-lhes apenas alguns pontos: nosso sistema de comunicações é precário e não dá conta de todo mundo ao mesmo tempo; praticamente não temos órgãos reguladores, porque os existentes não dão conta do recado; nossas operadoras são caras, oferecem a mesma coisa e ainda nos fazem crer que nos fazem um favor ao nos oferecer os produtos pelos quais pagamos um absurdo.
Não, realmente não acho que evoluímos. Como velhos e bons brasileiros, continuamos a consumir sucata tecnológica em todos os setores da economia, e ainda analisamos soluções para controle de mercado, como importação de etanol, que deixam claro que estamos ainda importando o que deveríamos exportar.
A solução é simples, e já foi muito discutida: educação. É preciso que tenhamos em mente que o mercado hoje exige conhecimento aplicado, e não mais conhecimento guardado em livros. Planejamento, organização, gerenciamento projetizado e tantas outras coisas são imperativos que dependem de material humano.
A discussão vai longe, e por isso, mais uma vez, deixo-os a refletir. Como podemos aliar a evolução tecnológica, real e diária, à evolução do pensamento humano? Como aliar os bits e bytes à moral da raça que deveria dominar a tecnologia, mas acaba, dia após dia, escrava e refém daquilo que criou? São muitas as opiniões, muitos os argumentos, mas convido-o a ter o seu, próprio. Isso já seria um primeiro passo para contribuir conosco na melhoria humana da nossa caminhada evolucionista.
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