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Mostrando postagens de dezembro, 2009

Música

Resolvi, mais uma vez, buscar o dicionário para saber a definição do termo. Achei essa interessante: "Arte e técnica de combinar sons de maneira agradável ao ouvido." Mas o que é agradável ao meu ouvido, o é ao seu? Possivelmente não, mas como diria um professor de música, a possibilidade de novos acordes beira o infinito. Fico olhando um músico tocando um violino, que não possui demarcações fixas de notas, e penso até onde pode ir a criatividade de alguém, usando seus sentidos no auge de sua sensibilidade artística. Dou graças pelo fato de não gostarmos sempre da mesma coisa. Imagina que tédio seria o mundo, se fôssemos um som de uma nota só? Sentir o som, como cada um sente distintamente, é uma dádiva do ser humano que o aproxima dos aclamados anjos e santos. Sons, vibrações, técnica e arte. Combinar a arte para gerar arte, agradável aos ouvidos semelhantes, não requer apenas técnica, mas sentimento. É preciso que nos coloquemos disponíveis para ouvir, para sentir o mundo à

Planos

Recebi um pedido de escrita esses dias, com uma observação: "você deveria escrever também nos dias felizes, porque os últimos textos têm sido um tanto quanto reflexivos". Gostaria de aproveitar a proximidade do final do ano para propor planos. Isso tem sido estimulado por vários sites de administração que tenho frequentado, e tantos outros sobre futilidades e outras coisas mais. Planeje seu próximo ano, é o que recomendam. Sou profissional de administração, e confesso que uma das bases da minha profissão é muito pouco utilizada ao meu redor, sobretudo por mim mesmo. Mas qual a vantagem de se aplicar um conceito tão básico, que não faz parte em nossa cultura, no mesmo peso que faz em outras? Imagine-se conseguindo o emprego perfeito, a esposa perfeita (ou marido), ou conseguindo uns dias a mais para descansar. São metas boas; alias, são muito boas. Mas o que é o emprego perfeito, a esposa perfeita ou descanso? Conheço pessoas que adoram trabalhar no seu tempo livre, assim como

Parece fácil.

Confesso que tentei vários títulos antes de escrever esse, porque ao contrário do recomendado, coloco o título antes, para puxar dele as idéias. Não me veio nada à cabeça, pois hoje é um daqueles dias em que a angústia anterior preenche o espaço das idéias. Por isto mesmo, surge-me a necessidade da escrita, como uma fuga mental para aqueles problemas que não quero enxergar. Mas porque esse título, visto que nessas horas a simplicidade nos abandona. Justamente por isto! Já se perguntou como a vida dos outros parece ser fácil? Já olhou para bem sucedidos empresários ou donas de casa, se imaginando em seus lugares, regozijando-se nas glórias já alcançadas? Perguntou-me quais foram os degraus, as dificuldades, os tombos constantes que trouxeram tamanho conforto! Parece fácil, realmente, mas será que é? Pensar que não, confesso, gera-me um pouco de conforto, sobre uma situação que para mim passa a ser interpretada como os meus degraus, as minhas dificuldades, os meus tombos. Deixa-me a sens