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Mostrando postagens de maio, 2008

Aniversário dos anjos

Acordei pensando em um anjo hoje, refletindo sobre a diferença do dia de um aniversário para o resto. Conclusões, pensamentos, certezas sobre algumas coisas a serem colocadas em prática. Será este um dia especial? Será este mais um? Aniversário não é um dia à parte; é um dia comum, como todos os outros, sem nada de mais. Estanho então comemorá-lo como um acontecimento único? Não tanto! Pensemos um pouco nos anjos, naqueles seres perfeitos em que um dia nos tornaremos, e entenderemos o motivo pelo qual o aniversário, assim como todos os outros dias, são normais; assim como todos os dias ditos festivos. Geralmente em datas comemorativas nos mostramos mais alegres, mais solícitos, mais tudo um pouco de bom que carregamos em nossa essência e que, em momentos específicos, permitimos aflorar, mostrando-nos aos outros como realmente somos ou queremos ser. Por que deixar essas benéfices para dias isolados? Porque carregar o ouro que nos cabe e nos pertence em apenas um dia por ano? Feliz dia,

O que faz você feliz?

Ser feliz? Estar feliz? O que é felicidade? O que faz você feliz? Há pessoas que têm tudo, pessoas despossuídas que possuem a essência, a razão da existência de um sorriso. Existem pessoas fisicamente ricas, desesperadas à procura de um motivo que lhes faça brilharem os olhos. Parafraseando o poeta, temos razões que a própria razão desconhece, fazendo de nós seres mutantes em busca de nossa própria razão. A felicidade, este estado de espírito totalmente indecifrável pelas palavras e perfeitamente compreensível pelos sentimentos, é algo efêmero que move nossas conquistas e desejos, nossas buscas mais íntimas por aquilo que não sabemos dizer, mas que nos acompanha em nossa jornada. Felicidade se resume, externamente, em um sorriso. Por complexo se demonstra por lágrimas, arrepios, sensações múltiplas de bem estar íntimo que se fazem transbordar, deixando ao mundo a expressão de seres em sintonia com o ambiente, em conjunção com os cenários e personagens das histórias que eles integram. O

O belo dentro da fera

Há um mês eu escrevi, e um mês depois eu volto, para pensar sobre nós, sobre eu, sobre o que sou no íntimo. Vejo-me por fora, pela imagem distorcida e limitada que o espelho me fornece. Sinto-me por dentro, por uma compreensão ainda parca, fruto de um coração e uma mente em conflito, cuja maturidade ainda não alcançada, impede o pássaro de sorver o mel das grandes alturas e dos grandes vôos. O belo, oculto em sua essência, tal qual o ouro que se esconde no rio, misturado ao barro a ser mexido, revolvido para que seja possível o seu brilho, que reluz, que se mostra, capaz de iluminar e brilhar os olhos mais incrédulos da beleza infinita que nos cerca. Conduzimo-nos, no mais frequente do dia a dia, a redutos de solidão externa e interna, fazendo-nos dormir, transformando-nos em zumbis de um mundo que não nos conhece, do ser que não sabemos que somos. A fera, que deixamos à tona, essa parte ainda bruta de nós mesmos, que por instinto se faz forte, dominante da nossa ingenuidade diante do