Drogas

Sem falso moralismo, pois o mundo não precisa dele. Sou adepto da liberdade de escolha, do famoso lívre arbítrio, mas tanto de escolha quanto de arcar com as conseqüências. Não sou santo e muito longe disto todos estamos, visto que cada um tem seu ponto de melhoria.

Atendo-me ao tema, drogas não são apenas substâncias químicas, aceitas socialmente ou não. Podemos dar uma amplitude maior ao tema, incluindo nele tudo o que nos incomoda, nos faz mal, causando indiretamente mais malefícios do que as que são oficialmente rotuladas.

"Minha vida é uma droga!". Já ouvi muitas vezes esta frase, que trás consigo um significado muito grande, através do qual poderíamos melhorar sobremaneira tudo o que nos rodeia. Se considerarmos as drogas como algo prejudicial, porque até os remédios têm seus efeitos colaterais, evitá-las implicaria em melhorar a qualidade do nosso dia a dia.

Cigarro, bebida, maconha, cocaína, mas também ódio, raiva, comodismo, materialismo. Não nos damos conta de que evitamos nossa felicidade por conta de detalhes pequenos, mas que tornamos muito grandes. O materialismo, por exemplo, faz com que não nos vejamos felizes simplesmente por não acompanhar esta ou aquela moda, ter este ou aquele lançamento. Torna-nos escravos de aparência e de coisas perecíveis, que não nos acompanharão após o dia derradeiro.

Pare, sinta, reflita, e perceba o que lhe causa seus problemas. Fazer coisas que lhe agradam, mais do que algo bom para o ego e estima, é um remédio sem efeitos colaterais que lhe garante saúde. Mas e o vício? O que fazer com ele quando não se consegue deixar algo que nos parece vital? Simples! Tente compará-lo à boa sensação de se sentir livre, de se sentir dono de seus atos e diretor da sua vida.

Não é utopia, mas também não é fácil. Então, quando for acender o próximo cigarro, ou quando for se enraivecer por não ter algo, alguém ou porque não consegue acertar sempre, lembre-se de que não somos perfeitos e às vezes erramos, mas que deixar de errar é também uma escolha, cujos benefícios aparecem e não se vão, pois nos tornamos fortes, não totalmente imunes aos erros, mas capazes de enfrentá-los e vencê-los.

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