O eu

No MSN de uma amiga consta a frase: "O nosso primeiro e último amor é o amor próprio". Várias pessoas gostam de dizer que nós devemos estar bem com nós mesmos e não ficar esperando alguém que nos complete. Juntando as duas coisas, até que ponto será que damos uma real importância ao eu?

Já vi pessoas passando a vida inteira ou boa parte delas tentando ser bem sucedidas para ajudar os outros ou mesmo para mostrar algo aos outros, porque, infelizmente, vivemos em uma sociedade de aparências. Trabalham, ganham dinheiro e depois de muito tempo, continuam do mesmo jeito. Só mudou a aparência.

O interior, que nos garante uma overdose de amor próprio, que nos garante um bem estar independente de outras coisas ou pessoas, não se arruma com dinheiro; não de forma direta. É preciso amadurecer idéias, ideais, objetivos e a forma de se ver as pessoas e o ambiente que nos circunda. O dinheiro pode ajudar, na parte externa, que acaba causando um impacto na nossa auto-estima mas, se não soubermos o que fazer com ele depois disso, continuaremos vazios, incompletos, achando que sempre falta algo.

Não acho que dinheiro é desnecessário! Vivemos em um sistema capitalista, que pelo próprio nome, valoriza o capital e com ele se movimenta. Ele é necessário para manter as pessoas e lhes dar o que comer, vestir e outras coisas importantes. Mas até que ponto ficar escravo de algo material é sensato? Nem os faraós conseguiram levar para depois da vida a riqueza que tinham, o que dirá nós "pobres mortais".

O amor próprio está muito relacionado com melhorar o eu. Melhorar, principalmente, de forma moral. Beleza externa o tempo leva, apesar de a plástica tentar recuperar; a percepção e aproveitamento do belo, o que é sensivelmente diferente, é como os estudos que nossos pais sempre falam "ninguém vai tirar de você".

Quer se sentir bem? Quer aproveitar a vida? Cuide-se. Melhore não apenas o visual, que ajuda, mas o interior. Saiba entender que determinadas coisas passam e outras ficam. E, como se diz com relação aos relacionamentos, no final vai sobrar quase que somente o diálogo. E aí? Você terá algo de proveitoso sobre o que conversar?

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